CONST logo branco.png

Com a mão na massa desde o Antigo Egito

antigo egito.jpg

Até chegar ao tipo de composição que encontramos hoje, o cimento passou por várias experiências desde o Antigo Egito, há 4.500 A.C

Você chega no depósito, pede 1kg, 5kg ou mesmo um saco de cimento para resolver um problema doméstico. Um muro, um buraco, uma parede. Enfim, nem se dá conta que para chegar naquele material que facilita a vida de quem pensa da simples a grandes obras, a humanidade teve que evoluir muito. Hoje, basta misturar com areia e água e pronto! Você tem nas mãos a matéria principal para garantir conforto e segurança nas construções. 
Mas saiba que os primeiros relatos sobre o cimento, ou Caementu no latim - que designava na velha Roma espécie de pedra natural de rochedos e não cimento1esquadrejada - se dão há cerca de 4500 A.C., no Egito Antigo. Nessa época, utilizava-se uma liga composta por uma mistura de gesso calcinado para unir as pedras que davam sustentação à construção dos monumentos. As grandes obras gregas e romanas, como o Panteão e o Coliseu , foram construídas com o uso de solos de origem vulcânica da ilha grega de Santorino ou das proximidades da cidade italiana de Pozzuoli, que possuíam propriedades de endurecimento sob a ação da água.
Os anos foram se passando e os ensaios para o aperfeiçoamento do cimento não pararam. Somente no século XVIII, em 1756, foi que o inglês John Smeaton conseguiu desenvolver, por meio da calcinação de calcários moles e argilosos, um produto com alto poder de resistência. Pouco depois, em 1791, James Parker experimentou uma mistura de sedimentos de rochas da ilha de Sheppel e patenteou, em 1796, um cimento com o nome de “Cimento Romano”. Motivado pela experiência, em 1818, o francês Louis Vicat inventou o cimento artificial por meio da mistura de componentes argilosos e calcários.
No Brasil, as primeiras experiências relativas à fabricação do Cimento Portland aconteceram por volta de 1888, por meio do comendador Antônio Proost Rodovalho que instalou uma fábrica em sua fazenda, em Santo Antônio (SP). Posteriormente, várias iniciativas esporádicas de fabricação de cimento foram desenvolvidas Assim, chegou a funcionar durante três meses em 1892 uma pequena instalação produtora na ilha de Tiriri , na Paraíba. 
Todas essas etapas não passaram de meras tentativas que culminaram, em 1924, com a implantação pela Companhia Brasileira de Cimento Portland de uma fábrica em Perus, em São Paulo, cuja construção pode ser considerada como o marco da implantação da indústria brasileira de cimento. As primeiras toneladas foram produzidas e colocadas no mercado em 1926. Até então, o consumo de cimento no país dependia exclusivamente do produto importado. A produção nacional foi gradativamente elevada com a implantação de novas fábricas e a participação de produtos importados oscilou durante as décadas seguintes, até praticamente desaparecer nos dias de hoje.

 

 

Grandes obras: The Interlace

obra.jpg

Foram seis anos de construção, milhares de operários e uma obra que surpreend’eu o mundo. Assim é o The Interlace, um condomínio vertical formado por um complexo de apartamentos com 31 blocos empilhados em um arranjo hexagonal, ou seja, sem o aspecto de torre comum aos condomínios residenciais.
Localizada em Singapura, a obra surpreendeu o setor da construção e foi escolhida como destaque do Festival da Arquitetura Mundial (The World Architeture Festival), tendo  sido como o melhor prédio entre os recentes lançamentos no mundo em 2015. O prêmio é um dos mais prestigiados no mundo da arquitetura e elabora anualmente um ranking com os prédios novos.
Projetado pelo escritório holandês BüroOleScheeren, o prêmio luxuoso chama-se Southern Ridges. Uma das partes que mais chamaram a atenção dos jurados foi a entrada monumental e elevada, além do empilhamento dos 31 blocos,garantindo belas vistas em todas as direções. O projeto acaba por criar pátios a céu aberto, jardins e terraços panorâmicos - de uso público e privado. Segundo o comunicado do festival, o complexo contém 1.040 unidades de apartamentos de vários tamanhos, distribuídos por mais de 170 mil metros quadrados - todos com incrível quantidade de ano espaço ao ar livre e paisagismo. Os blocos, cada um com seis andares e 710 metros de comprimento, abrigam 1.040 unidades residenciais. Nos três principais pontos, a justaposição dos blocos soma 24 andares. O terreno de 170 mil m² também possui um parque aquático, cachoeira, praça central, teatro, pátios, spa e cinco quadras poliesportivas.
A propriedade possui um contrato de arrendamento de 99 anos do governo de Singapura desde 2009. A propriedade está cercada por vários parques que estão conectados e promovem a iniciativa Green de Cingapura de 2012 . Em frente ao Alexandra Arch e ao TelokBlangah Hill Park, o Interlace é uma parte integrada do entorno sem aderir como um polegar dolorido. 
A localização foi anteriormente chamada Gillamn Heights por causa do condomínio de 607 unidades que estava no local com o mesmo nome.

Ideia é criar senso de comunidade, O que diferencia o The Interlace dos demais é que ele não foi feito para quebrar nenhuma barreira técnica, mas sim para enfrentar importantes questões sociais. A ideia do arquiteto chefe OleScheeren era não pensar em prédios como uma solução pontual para fornecer moradia, mas sim como um espaço no qual se cria um senso de comunidade.
Talvez uma das características mais impressionantes da construção seja as áreas externas que o arranjo hexagonal cria. Os hexágonos criam três pátios temáticos que fornecem espaço para comunidade, esportes e atividades familiares. E o que poderia ter sido uma via antiestética para o acesso de caminhões de bombeiros foi “camuflada” como um trecho de um quilômetro para ciclistas e corredores.
Várias matérias sobre o The Interlace têm nomes como “Moradia de luxo em Singapura”, mas tais artigos deixaram de ver um dos princípios principais do projeto: fornecer habitação social acessível. Mas com todas essas comodidades, o engano com certeza é compreensível.

Maresia assusta, mas há como conviver com ela

PRAIA.jpg

Estudo comprova que a Praia do Futuro tem a maresia com a maior agressividade do mundo. Para quem mora na região, há soluções para evitar a ação da ferrugem e prolongar a vida útil dos equipamentos

Morar de frente para o mar, ter aquela gostosa sensação da brisa e do ar puro logo pela manhã batendo no rosto, olhar para o horizonte e ser dono de um visual incrível, ver o sol iluminando o horizonte e curtir o barulho das ondas. Todo esse cenário existe em Fortaleza e não muito longe de bairros badalados como Meirelles, Praia de Iracema e Mucuripe. E o melhor: a um preço bem acessível, ao alcance de muita gente. Porém, nem todos vêm com bons olhos esse pedaço do paraíso na capital cearense. 
Estamos falando da Praia do Futuro, um pedaço do litoral fortalezense de cerca de 15km cheio de barracas famosas, hoteis e casas de show, mas onde grande parte da população prefere não morar. O motivo é a ferrugem que a maresia provoca nos equipamentos, desde o simples soquete de uma lâmpada aos ferros utilizados na construção. Uma destruição lenta e assustadora. 
A maresia é o vapor formado por várias partículas de água salina devido à agitação do mar, que são levadas pelo vento em direção ao continente. Em alguns momentos, esse fenômeno pode ser visto a olho nu, com bastante intensidade. É uma névoa esbranquiçada, sobre o mar, podendo chegar à até 50 metros de altura.
Os principais efeitos da maresia muita gente já conhece: corrosão de ferro, ferrugem e desgaste de veículos, degradação de componentes eletrônicos. Mas a construção no geral sofre com a ação da maresia. O que é mais comumente encontrado são fissuras e manchas no concreto. As armaduras de ferro utilizadas na estrutura são muito afetadas, pois a utilização de concreto incorreto nessas edificações permite a passagem das partículas pela sua porosidade. Telhas cerâmicas sem tratamento adequado também sofrem com a interferência da maresia, causando esfarelamento gradual das mesmas.
Isso foi comprovado por um estudo feito pela Universidade Federal do Ceará (UFC), em resposta a alguns construtores da região que queriam saber, de fato, qual seria o nível de agressividadade da corrosão da Praia do Futuro. O documento - Estudo da Agressividade do Ar em Fortaleza(CE) - verificou que o local tem alta agressividade do ar atmosférico no que diz respeito a concentração de íons cloro, o sal. 
De acordo com o estudo, a Praia do Futuro é 87,34% mais agressiva que a Nigéria, segunda colocada, e é 5.149,63% mais agressivo que a Espanha, última colocada. Já à Praia de Iracema é menos agressiva que Nigéria, Cuba, França e México, ficando com o resultado muito próximo ao encontrado no Havaí e bem superior a Bangladesh (237,71%) e Espanha (432,53%). Ou seja, a Praia do Futuro apresenta a maior agressividade por cloreto do mundo.

Mais qualidade no ar

ar.jpg

A partir de julho próximo, todos os edifícios de uso público e coletivo que possuem ambientes de ar interior climatizado artificialmente devem dispor de um Plano de Manutenção, Operação e Controle (PMOC), ficando os responsáveis por estes ambientes passíveis de multa, caso não o providenciem. A obrigatoriedade foi estabelecida pela lei federal n° 13.589/2018, que entrou em vigor no dia 4 de janeiro deste ano e tem como objetivo a minimização de riscos potenciais à saúde dos ocupantes dos locais com ar condicionado. 
A lei concedeu um prazo de 180 dias, a partir de sua publicação, para que os responsáveis pelos ambientes climatizados possam se adaptar. Por isso, com o objetivo de preparar os profissionais da área de climatização de ambientes para as mudanças que serão implementadas ao longo dos próximos meses, foi realizado no dia 23 de março, em Fortaleza, o seminário “PMOC: Qualidade do ar interno”. A formação foi ministrada pelo engenheiro mecânico e de segurança Arnaldo Lopes Parra, diretor de retail da Trane, marca associada ao grupo Ingersoll Rand,  empresa com atuação mundial na área de refrigeração. 
O seminário foi realizado pela regional da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento no Ceará (Abrava - CE), com apoio do Sistema Sincopeças/Assopeças/Assomotos (SSA),  do Sebrae, da Rede Sindiar, do CREA - CE e do Comitê Nacional de Climatização e Refrigeração. No evento, os participantes conheceram os detalhes da nova legislação, além das referências técnicas, os requisitos necessários e as demais rotinas recomendadas para adaptação ao PMOC.
De acordo com as exigências definidas na lei, a verificação dos equipamentos de climatização deve ser feita por um técnico capacitado, que determinará a periodicidade de manutenção e limpeza. Para o presidente da Rede Sindiar e diretor da Abrava-CE, Newton Victor, a nova legislação “vem a ser um divisor de águas para o mercado de refrigeração e ar condicionado”.
Segundo ele, atualmente os serviços de manutenção dos aparelhos de ar condicionado têm sido executados sem critérios por diversas empresas e profissionais, muitas vezes, deixando a desejar em relação à qualidade do trabalho realizado. “Com a nova lei e uma fiscalização mais rígida, a qualidade dos serviços entregues será maior. Com isso, ganham as empresas prestadoras destes serviços e o próprio cliente final”, garante. 
O presidente da Rede Sindiar acredita que a partir de agora, com o cumprimento da lei n° 13.589/2018, os ocupantes de ambientes climatizados artificialmente terão um ar de melhor qualidade. “Isso irá reduzir muitas doenças e, por consequência, o absenteísmo no trabalho”, conclui.

Recursos humanos: Diagnóstico empresarial

empregados.jpg

Você conhece a sua empresa? Será que você de consegue responder facilmente esta pergunta? É momento de parar e pensar...
Quem ou o que é a minha empresa? Talvez você conheça seus indicadores, clientes, fornecedores, produtos, localização, marca, enfim... tudo isso que chamamos de estabelecimento comercial. Mas será que a isso se resume a sua empresa?
Convido você a pensar fora da caixa. De fato, qual é o principal ativo da sua empresa? A resposta é bem simples: as pessoas que a formam!
Essa reflexão ajudará você a perceber o quanto o seu olhar precisa passar pelo processo de inovação. Conhecer a sua empresa exige que você tenha conhecimento de quem são as pessoas que fazem parte desse ambiente organizacional.
Qual o propósito dessas pessoas, quais as habilidades que elas possuem, seus conhecimentos e suas atitudes. Será necessário perceber se os valores da sua empresa estão em conexão com aquilo que seus profissionais estão dispostos a apresentar.
Para conhecer sua empresa, é necessário escapar da visão comum de um gestor para quem o que somente importa é o estudo dos resultados financeiros. Sabe-se que a leitura da DRE tem sua enorme importância, porém é necessário observar que ela é o fruto da soma dos resultados dos comportamentos de todos os ativos que permeiam o seu negócio, incluindo as pessoas.
A partir do momento que você começar a enxergar fora da caixa e de forma inovadora, vai perceber o quanto se faz necessário fazer um diagnóstico empresarial profundo dos sentimentos e das necessidades de seus colaboradores. E saber o que eles pensam e visam para o futuro é poder traçar o caminho a ser percorrido pela sua organização.
Que necessidades de conhecimento têm os seus colaboradores? Como eles enxergam seus clientes/consumidores e produtos? Qual propósito profissional eles têm diante do seu propósito empresarial?
Respostas a perguntas simples, como as que estão citadas no início do artigo, são capazes de abrir os horizontes para além dos números e com isso elevar a autoestima do corpo profissional e criar um sentimento de pertencimento à organização.
Aproximar-se do espectro colaborativo irá lhe permitir conhecer, de fato, quem é a sua empresa e que caminho deverá seguir, levando em frente não somente o seu sonho particular mas, sim, o sonho de todos aqueles que trazem a rentabilidade do negócio e compartilham do mesmo propósito.